A psicologia e a teologia do extremismo religioso e da perseguição que surgiram com a Reforma podem transformar de forma única a nossa perceção dos sistemas de crença totalitários contemporâneos, como o Estado de segurança nacional, os meios de comunicação social e o comunismo. A autoridade governamental define as liberdades de modo a satisfazer os seus próprios interesses, muitas vezes disfarçados pela necessidade de segurança nacional, ao mesmo tempo que utiliza interpretações ambivalentes nas sentenças judiciais para convencer as pessoas de que têm de viver com as ilusões ordenadas que estas liberdades manipuladas definem.

O filósofo iluminista escocês David Hume completou o projeto da Reforma para dar impacto político aos princípios cristãos originais da regeneração e da Regra de Ouro. O modelo de Hume fornece um modelo para qualquer programa político atual que esteja preocupado com a abolição da repressão política: garantia de liberdade igual, igualdade objetiva de acesso às liberdades civis, lei auto-legisladora moralmente válida, melhoria universal da condição humana, de modo a que nenhuma pessoa seja deixada de fora do processo social.

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