O principal objetivo deste trabalho é informar os médicos dentistas, especialistas e médicos sobre a etiologia, as fases da infeção odontogénica e os factores que predispõem os pacientes a desenvolver um abcesso cervical profundo, bem como o diagnóstico e procedimento correctos. As infecções orais e maxilofaciais representam um problema único devido à abundância e variedade de organismos presentes nesta região, bem como à natureza microbiana e resistente observada nos últimos anos.

Atualmente, distinguem-se critérios que indicam a necessidade de encaminhamento imediato para um serviço de urgência hospitalar, uma vez que representam uma ameaça iminente para a vida e as vias respiratórias do doente. Sabe-se que a infeção por abcesso cervical profundo pode levar e predispor a condições clínicas secundárias mais graves, como o comprometimento das vias aéreas, mediastinite, septicemia, síndrome de resposta inflamatória sistémica e até fasceíte necrosante.

O controlo adequado das comorbilidades associadas do doente pode ser uma razão para um prognóstico favorável nos doentes que desenvolvem abcesso profundo do pescoço. .