Devido a uma procura crescente de produtos de origem animal, mais de 90% da carne atual provém de sistemas industriais. Os animais sencientes são expostos ao sofrimento nestas explorações industriais todos os dias e coloca-se a questão de saber se temos uma obrigação moral para com estes animais que são criados para a nossa alimentação.

Apesar do aumento do sofrimento dos animais nas explorações industriais, a percentagem de vegetarianos e veganos a nível mundial continua a ser baixa. O distanciamento, a racionalização, a negação e o eufemismo são mecanismos para lidar com a crueldade tão antigos como a própria domesticação dos animais e fazem parte da nossa religião e cultura.

Estes mecanismos resultaram na interpretação das escrituras religiosas para justificar a domesticação e a utilização de animais. O facto de a carne que comemos ter sido alguma vez um animal vivo, respirante e sensível está muito bem disfarçado e as pessoas continuam a viver neste estado de negação.

Enquanto não forem confrontadas com a realidade de comerem o que já foi um ser vivo e enquanto for religiosa e culturalmente aceitável comer carne, continuarão a fazê-lo. Dada a opção de não comer animais ou comer animais "criados humanamente", a maioria das pessoas escolheria a segunda opção.

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