A questão dos conflitos fundiários ligados à cultura da castanha de caju está atualmente no centro dos debates na Costa do Marfim. Introduzida na agricultura da Costa do Marfim em 1960, a cultura do caju está em plena expansão, nomeadamente no centro e no norte do país.

De facto, a sub-prefeitura de Bodokro é uma das localidades onde esta cultura está em plena expansão, com uma superfície estimada em 4. 725,27 ha em 2021.

Esta dinâmica explica-se pelas condições naturais e humanas favoráveis. No entanto, esta cultura, que deveria reduzir o nível de pobreza na sub-prefeitura de Bodokro, é fonte de vários conflitos fundiários entre os diferentes actores.

O objetivo deste estudo é analisar a emergência de conflitos fundiários em torno do crescimento da cultura da castanha de caju na subprefeitura de Bodokro. Para a realização deste estudo, a metodologia utilizada foi a observação no terreno e a realização de entrevistas com as autoridades administrativas e consuetudinárias.

Foi enviado um inquérito por questionário a uma amostra de 307 agricultores em dez aldeias da subprefeitura. Além disso, os resultados da investigação mostram que o interesse dos agricultores pelo projeto é muito elevado.

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