O Relatório Nunca Más faz parte de importantes tensões e conflitos que coexistem no presente. Nosso interesse em problematizar duas de suas comemorações (o vigésimo e o trigésimo aniversário) parte desse pressuposto, pois consideramos que elas podem nos alertar sobre as continuidades, narrativas e disputas vigentes.

De igual modo, não pretendemos dar uma resposta final, mas sim abrir o debate para que a investigação destas comemorações e a problematização da importância do Nunca Más possam continuar num futuro próximo. A memória, a identidade e o esquecimento estão presentes nas comemorações dos Nunca Más.

Considerar a sua abordagem permite-nos iluminar as persistências e tensões que se encontram nos diferentes discursos que se digitalizaram à sua volta. Da mesma forma, acreditamos que as diferenças, discussões e objecções em torno dos Nunca Más continuam, especialmente no que diz respeito ao Prólogo.

Mostrar a abordagem, as reflexões e as ligações do Nunca Más nas suas comemorações permite-nos recordar o lugar que ocupam e a importância que o Relatório Nunca Más teve, tem e supomos que terá na Argentina. .